quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Regulamentação da medicina


Uma simples pergunta:

- Quem deve fazer o diagnóstico da doença? 

Lembro que o termo diagnóstico nosológico é o diagnóstico da doença, ou seja, analisar todos os sintomas, examinar o corpo e a mente e então decidir. Se necessário, solicitar exame para comprovar, quantificar, documentar. E, com todos estes dados, com o diagnóstico provável (pois o corpo humano não é exame, máquina, único), indicar o tratamento e acompanha-lo. 

E nisso temos o segundo termo polêmico: indicação terapêutica. Significa dizer o que entende ser o melhor para curar a doença, se repouso, se medicação, se fisioterapia, se psicoterapia, enfim, como melhorar a qualidade de vida pela redução de sintomas, doenças e limitações. Isso não impede que outros profissionais de saúde, que tradicionalmente já seguem a indicação terapêutica médica, tenham outros serviços ou produtos (condicionamento físico para pessoas hígidas, psicoterapia de casais e grupos, recrutamento e seleção, acompanhamento social de menores e marginalizados).

O conhecimento não é exclusividade de ninguém, mas está organizado e fiscalizado dentro de áreas. Aos médicos sempre se buscou ensinar sobre o corpo e mente, então sobre doenças, finalmente sobre como identifica-las com o mínimo de erro, coimo indicar os procedimentos para cura-las e como acompanhar e ajustar tal busca. Cada profissão tem seu escopo, e pode sim assumir os atos médicos, desde que sua formação seja corrigida (ou seja, que tornem-se cursos de medicina).

Repito de forma mais incisiva: quem o senhor gostaria que fizesse o diagnóstico da doença?

(sobre polemicas intermináveis sobre o projeto de lei do Ato Médico, regulamentação da profissão médica, e o movimento dos colegas de saúde contra. Me considero uma pessoa ponderada e anti-feudos, adoro trabalhar com RH e todos os temas que envolvem as pessoas, não apenas sua saúde ou suas doenças, mas minha formação influencia sim meu pensamento e conduta, e isso é bom. Tenho opiniões e a mania de perguntar nas horas mais impróprias: por quê?)

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