Pequenos devaneios sobre o tema: ciúmes.
Não meus, apenas processados de informações de quem me rodeia, ou eu rodeio, hehe.
De uma manhã ensolarada e preguiçosa.
Acho que confundimos gostar ou preocupar-se com a pessoa que gostamos com algo bem diferente, mais pernicioso, a posse sobre ela. O medo de compartilhar e consequentemente perder. Ou então racionalizamos o que sentimos com roupagem bonita, que pudesse valorizar este sentimento. Até exigimos que ele apareça na outra pessoa.
Ampliando um pouco, é reconfortante saber que características que não gostamos (na gente) não são exclusividades nossas. Afinal, faço, mas quem não faz?
Nesse sentido, entendo o ciúmes justamente como a materialização do medo de perder algo nosso, de nossa posse! "Meu". Medo que outros sejam melhor companhia. Que roubem o prazer do convívio que sente estando junto. Talvez medo de nunca mais ter aquele sentimento, ainda que existam mais fortes.
Certo, até ai é fácil, mas por que a valorização do ciúmes? Aí vem a segunda parte, a racionalização. Nossa sociedade é construída para nos dar suporte, e aceitar o que é comum aos seus integrantes parece ser parte da regra. A, por aceitar, entenda-se glorificar, valorizar ou, se não for possível, ignorar como algo comum e tolerável.
Bom, pensamentos desconexos no momento. Amadurecerei a ideia!
(por erro de digitação, como rodiar parece odiar, né?)